O mercado de trabalho está mudando com velocidade cada vez mais alta. Novas tecnologias estão pressionando profissionais a se adaptarem mais rápido do que nunca. Nesse contexto, o metaskilling pode ser uma arma poderosa para enfrentar tantos desafios.
Muitas profissões atuais nem sequer eram imaginadas há 10 anos, certo? Seguindo essa linha de raciocínio, o futuro nos reserva novas atividades e ocupações que não temos ideia nos dias de hoje. Então, como se preparar diante de tantas incertezas e novidades?
Com o metaskilling, essa missão pode se tornar menos complexa. Confira:
- O que é metaskilling?
- Quais são as 5 meta-habilidades?
- O que é upskilling e reskilling?
- Qual a importância dessas abordagens para o futuro do trabalho?
- Como implementá-las nas empresas?
Acompanhe com a gente e saiba mais sobre o tema!
O que é metaskilling?
Metaskilling, ou meta-habilidade, é uma abordagem proposta por Marty Neumeier para enfrentar os desafios complexos da era pós-industrial.
O tema foi tratado no livro “Metaskills: Five Talents for the Robotic Age” — ou “Meta-habilidades: Cinco Talentos para a Era Robótica”, em tradução livre para o português.
O autor sugere que problemas contemporâneos são sintomas de nossa incapacidade de lidar com problemáticas interconectadas e não lineares.
Assim, a metaskilling surge como a habilidade-mestra capaz de potencializar outras habilidades. O resultado é a prosperidade nesse novo cenário desafiador.
Neumeier apresenta cinco meta-habilidades úteis nesse contexto: sentir, ver, sonhar, fazer e aprender. Além disso, são importantes o upskilling e o reskilling — que serão vistos em detalhes, mais a frente.
Quais são as 5 meta-habilidades?
A metaskilling trata de habilidades capazes de ampliar outras skills, como visto. Agora, você conhecerá as 5 meta-habilidades descritas pelo autor!
1. Sentir
As palavras-chave para “sentir” são: empatia e intuição. Logo, o indivíduo torna-se habilidoso em compreender intuitivamente o ambiente ao nosso redor. Essa habilidade envolve estar sintonizado com as emoções, necessidades e nuances das pessoas e situações.
2. Ver
A metaskill “ver” trata sobre enxergar os indivíduos e acontecimentos de modo holístico. Portanto, é preciso ir além do óbvio e identificar padrões, tendências e conexões que não são imediatamente aparentes.
3. Sonhar
A terceira habilidade relaciona-se com o exercício da imaginação e a criatividade para visualizar possibilidades e soluções inovadoras. Isto é, estamos falando da capacidade de sonhar com um futuro melhor e pensar de forma não convencional.
4. Fazer
Essa metaskill é também descrita como “criar”. Desse modo, ela é o “colocar a mão na massa” que possibilita trazer à tona as ideias e colocá-las em prática. Isso envolve agir com determinação, persistência e habilidade para transformar conceitos em realidade.
5. Aprender
Por fim, o aprendizado é a chave que abre a porta para as demais skills. A disposição e capacidade de se adaptar e adquirir novos conhecimentos, habilidades e perspectivas ao longo do tempo é fundamental nesse cenário.
O que é upskilling e reskilling?
Como você conferiu, upskilling e reskilling estão relacionadas às meta-skills. Mas, afinal, o que são essas abordagens?
As duas estratégias são essenciais no mundo moderno do trabalho. Elas estão voltadas para o desenvolvimento e adaptação de habilidades em resposta às demandas em evolução do mercado e dos avanços tecnológicos.
Upskilling é o aprimoramento de habilidades existentes de um profissional — que age para se manter relevante e competitivo em sua área. Isso pode incluir a busca por certificações adicionais, participação em cursos de atualização ou aprofundamento em áreas específicas.
O objetivo é aumentar a proficiência e a eficácia em skills adquiridas, permitindo que o indivíduo acompanhe as mudanças no ambiente de trabalho. Além disso, ele terá os recursos para ficar atualizado em relação às melhores práticas e tendências do seu setor.
Por outro lado, reskilling envolve a aquisição de habilidades ou a transferência para uma área completamente diferente de atuação profissional. Isso pode ser necessário devido à automação de tarefas, mudanças na demanda do mercado ou obsolescência de skills.
A prática requer um investimento significativo em aprendizado e desenvolvimento — muitas vezes, envolvendo conhecimentos e competências totalmente novos. Ela visa capacitar pessoas para adaptação a novos cenários e aproveitamento de oportunidades.
Qual a importância dessas abordagens para o futuro do trabalho?
Você já deve ter percebido como a tecnologia tem provocado mudanças importantes no trabalho, não é mesmo? E isso é uma realidade. Segundo o relatório “O Futuro do Emprego”, a estimativa é que 44% das habilidades atuais precisarão ser atualizadas nos próximos anos.
O estudo aponta ainda que seis em cada dez profissionais necessitarão de oportunidades de desenvolvimento até 2027. Contudo, atualmente apenas metade deles tem acesso a treinamento adequado.
Ademais, os desenvolvimentos tecnológicos continuarão a afetar significativamente o mercado. A expectativa do World Economic Forum é que cerca de 23% dos empregos mudem até 2027.
O resultado é uma alteração drástica na composição e natureza do trabalho. O relatório também afirma que, nesse contexto, 83 milhões de empregos poderão ser eliminados — frente à criação de 69 milhões.
Nesse cenário desafiador, as habilidades dos profissionais podem ser aperfeiçoadas desta maneira:
- com metaskilling: desenvolvimento de criatividade, pensamento holístico e adaptabilidade para enfrentar desafios interconectados e complexos;
- com upskilling: aprimoramento e atualização de skills existentes para permanência da relevância no mercado;
- com reskilling: aquisição de competências necessárias para campos de trabalho emergentes.
No entanto, é importante reconhecer os desafios que o Brasil enfrenta em termos de desigualdade de acesso à educação e oportunidades de desenvolvimento.
Investimentos em ensino básico e profissional, juntamente com programas de treinamento e desenvolvimento acessíveis, são essenciais. Eles são capazes de assegurar que todos se preparem para as demandas do futuro do trabalho e contribuam para a sociedade.
Como implementá-las nas empresas?
Depois de conhecer metaskilling, upskilling e reskilling, que tal descobrir como colocá-las em prática na organização? Veja dicas, a seguir!
Invista em programas de desenvolvimento profissional
Faça investimentos em cursos, eventos e workshops voltados para o aperfeiçoamento das skills dos colaboradores, além de ensinar competências técnicas e humanas.
A implementação de programas que promovam a mentalidade de meta-habilidade também é relevante. Eles devem enfatizar a importância do pensamento criativo e holístico na equipe.
Crie uma cultura de aprendizagem contínua
Incentive os colaboradores a buscarem oportunidades de aprimoramento com frequência. As organizações podem oferecer suporte para o estudo e melhoria das skills dos profissionais.
Dessa forma, estimular uma cultura que valorize o aprendizado e o crescimento profissional colabora para que as pessoas se mantenham atualizadas e preparadas para novos desafios.
Promova a flexibilidade e inovação
Por fim, encoraje os colaboradores a experimentarem novas ideias, abordagens e tecnologias, em consonância com as necessidades do mercado.
As organizações podem criar espaços para networking e colaboração de conhecimento entre os funcionários. Com isso, elas incentivam a troca de experiências e a co-criação de soluções inovadoras.
Assim, a adoção da mentalidade de metaskilling, reskilling e upskilling contribui para manter profissionais e o negócio ágeis e competitivos no mercado.
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