Ativar a criatividade nem sempre é uma tarefa simples, não é verdade? Por isso, profissionais que criam soluções, produtos e serviços em sua rotina de trabalho devem ter um processo criativo organizado.
Algumas ferramentas colaboram nesta construção. Assim, em vez de começar “do zero”, é possível ter guias e caminhos já bem estruturados.
Quer conhecer maneiras para organizar o processo criativo e vê-lo aplicado, na prática? Então, confira este conteúdo que preparamos para você ativar a sua criatividade:
Processo Criativo Aplicado – a criatividade na prática em 7 ferramentas
Esperamos que, ao fim desta leitura, você esteja apto a usar uma – ou mais de uma – das ferramentas que trouxemos e que, assim, possa facilitar o seu processo criativo rotineiro.
Processo Criativo Aplicado – a criatividade na prática em 7 ferramentas
Muito se fala sobre o conceito da criatividade – esta competência em gerar novas soluções, ideias e produtos/serviços. Entretanto, a sua parte prática nem sempre é tão clara, não é verdade?
Por isso, é importante saber como o processo criativo pode ser realmente aplicado em nossas rotinas de estudos, trabalho e demais atividades.
Pensando nisso, elencamos algumas ferramentas que podem ser utilizadas a fim de aumentar a criatividade.
Veja, então, 7 modelos que vão facilitar o seu processo criativo.
1 – Mapa Mental
Pense que a nossa mente é um arquivo com milhões e milhões de informações. Durante a criação de alguma ideia ou produto, precisamos “pegar” alguns destes elementos e reuni-los para formar novas conexões.
Encontrar uma peça de vestuário em um guarda-roupas bagunçado é muito mais difícil do que em um móvel com gavetas, prateleiras e compartimentos limpos e organizados, certo?
Da mesma maneira, vai ser mais fácil ser criativo quando as informações estão organizadas na nossa mente.
Nesse sentido, o mapa mental é uma ferramenta que serve para esquematizar as ideias e facilitar o processo criativo.
O psicólogo inglês Tony Buzan é considerado o inventor dos mind maps e escreveu vários livros sobre o tema, abordando a sua estruturação.
Na internet, existem ferramentas gratuitas para construir seu mapa mental – como Miro e MindMeister.
2 – Design Thinking
O Design Thinking é um método para organizar o pensamento em um processo que vai desde a ideia até à validação do produto obtido.
Bastante comum no universo do Design, esta ferramenta está baseada em três pilares: empatia, colaboração e experimentação.
O Design Thinking tem 7 etapas, são elas:
- Entendimento
- Observação
- Ponto de Vista
- Ideação
- Prototipagem
- Teste
- Iteração
Então, a ferramenta exige a imersão no problema, ideação e a sua prototipação – a fim de validar os resultados encontrados.
A metodologia foi desenvolvida nos anos 1990 por David Kelley e Tim Brown, membros da empresa de consultoria em inovação IDEO.
3 – Scamper
Scamper é o acrônimo para as seguintes palavras:
Substituir
Combinar
Adaptar
Modificar
Propor (novo uso ou aplicação)
Eliminar
Reorganizar
Esta ferramenta sistematiza o surgimento de novas ideias e deixa as pessoas à vontade para fazer comentários e proposições sobre determinado tema – ou seja, é como um brainstorming organizado.
Então, quanto maior a participação dos envolvidos, maiores são as chances de surgirem boas ideias ao fim do processo.
A técnica é atribuída ao especialista educacional Bob Eberle, que caracterizou o termo SCAMPER em seu livro Games for Imagination Development.
4 – Business Model Canvas
Outra ferramenta bastante útil para destravar a criatividade é o Business Model Canvas.
Inicialmente, ele foi criado para o desenvolvimento de modelos de negócio. Para isso, ele utiliza elementos-chaves para a construção de uma nova empresa, marca ou organização.
O diagrama é composto pelos seguintes blocos:
- Segmento de Clientes
- Oferta de Valor
- Canais
- Relacionamento
- Fontes de Renda
- Recursos-Chave
- Atividades-Chave
- Parcerias-Chave
- Estrutura de Custos
Pensar e estruturar estes elementos ajuda no processo criativo. Então, esquematizar cada um dos blocos do Business Model Canvas é outra forma para ativar a sua criatividade.
Alexander Osterwalder, pesquisador e empreendedor suíço, foi o desenvolvedor do método de modelagem de negócios.
5 – Brainwriting
O famoso brainstorming é aquela chuva de ideias em que as pessoas falam livremente sobre o que lhes vêm à mente no momento da reunião.
O brainwriting é um processo bastante parecido – mas, como o nome sugere, trata-se de uma ferramenta de escrita para o desenvolvimento de ideais.
Então, um grupo de no mínimo 6 pessoas se reúne para pensar uma solução, conceito ou produto/serviço. Cada um dos membros deve escrever 3 ideias em um papel.
Em seguida, os participantes trocam a folha escrita com a pessoa à sua direita – que deverá registrar mais 3 ideias novas ou relacionadas às anteriores.
O processo se repete por 6 rodadas – ou até que toda a folha de papel seja preenchida.
Depois da atividade textual, os membros da equipe se juntam novamente para discutir o que foi escrito.
A ferramenta também é conhecida como Método 6-3-5 Brainwriting, que promete a geração de 108 ideias em apenas 30 minutos.
Ela foi assim batizada porque são:
- 6 participantes e 6 rodadas;
- 3 ideias criadas por pessoa em cada rodada;
- 5 minutos em cada rodada.
A meta é chegar a uma solução usando os apontamentos feitos pelos participantes deste processo criativo.
O brainwriting foi criado pelo professor alemão Bernd Rohrbach.
6 – Thinking Hats
Os “chapéus do pensamento” são uma ferramenta para olhar as situações sob diferentes perspectivas.
O método consiste em reunir 6 pessoas e atribuir a elas, figurativamente, 1 acessório de cada cor. As colorações indicam comportamentos diferentes e, assim, o “dono” do chapéu deverá se comportar segundo a cor a ele definida.
Os significados dos Thinking Hats são:
- Branco: foco em fatos e números;
- Vermelho: emoções e calor humano;
- Preto: cuidado e precaução com problemas;
- Amarelo: otimismo, pensamento positivo;
- Verde: criatividade e inovação;
- Azul: gestão e direcionamento do processo.
O modo diferente como cada participante enxerga a situação colabora para o seu enfrentamento holístico. Então, sob olhares diversificados, um mesmo problema ou uma questão pode obter diferentes e completas soluções.
O livro “Seis Chapéus do Pensamento” foi escrito por Dr. Edward de Bono, psicólogo e professor.
7 – 5W2H
Por fim, o 5W2H é uma ferramenta de planejamento que também pode colaborar significativamente para o processo criativo. Ele é formado pelas seguintes palavras:
5W
- What – o quê
- Who – quem
- When – quando
- Where – onde
- Why – o porquê
2H
- How – como
- How much – quanto custa
Assim, ao pensar nos 5W2H, o profissional poderá estabelecer o que é o problema, quem estará envolvido em sua solução, o cronograma de atividades e onde elas serão realizadas, além da motivação para o trabalho.
A ferramenta também auxilia na elaboração das estratégias e do orçamento para a situação exposta.
Então, o 5W2H colabora para um olhar amplo sobre determinada questão, gerando boas informações para a criação e o planejamento.
A origem desta metodologia é incerta, sendo atribuída a diferentes pessoas, como Alan G. Robinson, Rudyard Kipling, Marco Fábio Quintiliano e até Aristóteles.
Agora, conte para a gente: você já conhecia todas essas ferramentas? Quais delas pretende aplicar?
Veja mais sobre criatividade nestes conteúdos completos que preparamos para você:
- Processos Criativos em 4 etapas de desenvolvimento
- Como desbloquear a criatividade? 7 maneiras para ser mais criativo
- Processo Criativo – desvendando os segredos da mente criativa
Até à próxima!